Projecto Urbano da Avenida Nun'Álvares (UOPG1/PDM Porto)

Projecto Urbano da Avenida Nun'Álvares (UOPG1/PDM Porto)

 

_Programa de Intervenção

O Programa de Intervenção tem como objectivo definir os parâmetros para a área de intervenção.

A área de intervenção é composta em grande parte por terrenos expectantes.
Pretende-se a passagem de uma avenida (Avenida Nun'Álvares) que faça a ligação da Praça do Império à Avenida da Boavista, sendo a continuidade do percurso que vem desde o Campo Alegre até à Foz.

Depois de uma análise à área de intervenção, conclui-se que seria necessário um modelo urbano que conseguisse colmatar a malha urbana já presente, pretendendo-se uma imagem de continuidade e compactação deste local expectante.

Assim sendo, foram analisados as áreas habitacionais, equipamentos, rede viária e condicionantes, propondo-se então um programa de intervenção que pressupõe:

- Uma rede viária estruturada e redesenhada;
- O colmatar de habitações unifamiliar (de baixa densidade) com habitações plurifamiliares que atingem os 11 andares, encontrando um equilíbrio através de novas implantações de habitações, equipamentos e espaços urbanos e verdes;
- Resposta à falta de comércio, serviços e equipamentos necessários à população;
- Oferta de espaços verdes e urbanos de utilização colectiva numa escala local e para uso da população.

 

 

_ Conclusão

 

Este trabalho tinha como âmbito a sustentabilidade e as novas formas de intervir na cidade, concretamente na Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 1 - Avenida Nun'Álvares.

Foram abordados os princípios da sustentabilidade relacionada com o modelo urbano compacto e com o movimento “New Urbanism” e adaptados à escala de Projecto Urbano, através proposta realizada para a área de intervenção.

Este trabalho apenas aborda a UOPG1 ao nível de estudo prévio, necessitando de mais tempo para aferir aspectos lançados que mereciam ser desenvolvidos a outras escalas. A escala 1/2000 apresenta a implantação dos equipamentos colectivos e habitações, bem como dos espaços urbanos e verdes de utilização colectiva.

A definição de um modelo urbano mais compacto defende a sustentabilidade pela uniformidade de usos de solo, poupando energia e estão próximo de tudo.
O comércio e os serviços procuraram responder à atractividade de vivência local. Assim o habitante pode usufruir de uma cafetaria, mercearia ou padaria sem ter que se deslocar de automóvel, quando o caminho percorrido não ultrapassa os 5 minutos. O habitante pode usufruir de espaços verdes de qualidade onde pode praticar desporto, fazer piquenique com a família, deixar as crianças brincarem ou divertirem-se com os idosos.
Os habitantes podem circular de bicicleta nas ruas, porque estas têm dimensão para isso, obrigando ao automobilista ter um cuidado redobrado, educando-o no âmbito da sustentabilidade.

Proceder de forma sustentável no desenho urbano é pensar nos princípios da sustentabilidade e reflectir sobre eles.
A proposta apresenta um modelo de cidade compacto, criando qualidade de vida onde tudo está próximo e onde habitação plurifamiliar e unifamiliar, comércio, serviços e equipamentos se conjugam harmoniosamente e integram uma rede de espaços diversos dentro da cidade que contribui para uma melhoria da qualidade global da própria cidade.