Piscina Coberta e Desenho do Espaço Público no Antigo Estaleiro do Ouro

Piscina Coberta e Desenho do Espaço Público no Antigo Estaleiro do Ouro

_ Memória Descritiva e Justificativa

 

Para este projecto pretendia-se uma piscina coberta com as instalações necessárias para a sua funcionalidade e uma resolução de espaço exterior que obriga a uma preocupação de inserção do equipamento, bem como com as condicionantes do programa e do local.
Este é um local à beira rio, será esta a principal preocupação visual. No entanto, no local existe o entroncamento de vias estruturantes da cidade, sendo um local privilegiado pela acessibilidade.
O equipamento estará afastado da área de circulação de automóveis e será propositada a interacção das pessoas com o equipamento.
O afastamento promove uma visualização sobre o equipamento de uma forma global e depreende um percurso até ele que tem como paisagem as margens do rio Douro.
Será apenas uma a fachada acessível através de uma plataforma que nos leva ao acesso do equipamento, seja este, acesso do público em geral, como dos funcionários. Na entrada principal, existe uma antecâmara onde está situada a recepção que nos encaminhará para o local pretendido. Após a antecâmara, o átrio criado com a cobertura com inclinação é demarcado por duas janelas que nos focam a marginal do rio Douro a Noroeste e o próprio rio Douro a Sudeste, marcando assim uma direcção de percurso principal.
A área o equipamento é subdividida por áreas mais técnicas e áreas mais públicas, existindo uma cafetaria que pode perfeitamente funcionar num horário diferente do resto do equipamento tendo a esplanada virada a Nordeste.
A zona da piscina é marcada por um vão com a largura do espaço em que está inserida, sendo este vão avançado e estando este coberto.
A massa do equipamento é entendida como um paralelepípedo de betão com algumas aberturas que vislumbram o que se passa no seu interior. O betão será um material estranho ao rio, no princípio, mas pretende-se a sua ligação através de animais marítimos e as próprias algas que existem no rio, podendo existir com as oscilações da maré uma percepção de conjugação do material com a água. É uma forma de inserção do material com a natureza marítima ali existente.
A colocação do equipamento afastado trouxe problemas como o acesso a este. A questão da plataforma estar colocada em forma de triângulo relaciona-se com o local de maior circulação, permitindo uma afirmação de demarcação do eixo de acesso ao equipamento. No entanto, aquela plataforma serve também para se poder usufruir de um espaço panorâmico inserido no rio, que nos afasta da realidade da marginal e nos remete a uma vida totalmente diferente, desde sons, a olhares como a cheiros, mais ou menos interessantes.
Os materiais escolhidos para o seu interior será o betão aparente que com aberturas pontuais oferece ao interior um jogo de luz equilibrada; e a ardósia escura que conjugada com o betão, tornará o espaço confortável e acolhedor e relaxante.